TEATRO POEIRINHA

07 NOV a 20 DEZ
QUI e SEX 20h

ingressos

“Essa questão do silenciamento feminino não é só uma questão de atrizes no mercado do teatro mas, mais importante, do protagonismo de dramaturgas e diretoras. Temos no teatro um histórico das atrizes musas. Musas de grandes diretores, de grandes dramaturgos, sempre nesse lugar quase de um bibelô, uma boneca na estante. A partir do momento em que começamos a contar nossas histórias, saímos desse lugar e entramos no lugar do protagonismo. Lembrei de uma frase da (jornalista feminista norte-americana) Gloria Steinem, “um pedestal é uma prisão tanto quanto qualquer outro espaço pequeno.” (Bruna Longo).

A escritora Mary Shelley publicou de forma anônima seu romance “Frankenstein, ou O Prometeu Moderno” em 1818. Era inconcebível para a época uma mulher, ainda mais uma jovem de 18 anos, ter escrito uma obra que fugia do padrão clássico de “literatura para mulheres”. O livro foi atribuído a seu parceiro, o célebre poeta Percy Bysshe Shelley. Mesmo com a edição de 1831 trazendo o nome da autora e prefácio sobre a origem do romance, ainda hoje há teorias questionando sua autoria. Mary passou boa parte de sua vida definida pelos que a cercavam.

"Que importa quem fala? Saber que Frankenstein foi escrito por uma jovem de 18 anos não afeta a apreciação da obra? Não faz mesmo parte da obra?” Durante o processo criativo, a atriz se viu mergulhada nesses questionamentos. “Frankenstein” é um romance sobre o ato da criação e sobre busca por identidade e pertencimento, e o espetáculo se debruça sobre esses temas, friccionando a vida de Mary Shelley e sua obra mais famosa.

 SINOPSE - Fricção entre o romance Frankenstein e a vida de sua autora, Mary Shelley.

__________________________________________________

concepção, dramaturgia e atuação: BRUNA LONGO
assistentes: GIOVANNA BORGES e LETÍCIA ESPOSITO
cenário: BRUNA LONGO e KLEBER MONTANHEIRO
cenotécnica: EVAS CARRETEIRO, NANI BRISQUE e ALÍCIO SILVA
figurinos: KLEBER MONTANHEIRO
objetos: BRUNA LONGO
desenho de luz: RODRIGO SILBAT
trilha: BRUNA LONGO
fotos: DANILO APOENA

colaboradores artísticos:
LARISSA MATHEUS (provocações de dramaturgia)
LINO COLANTONI (edição de trilha)
MATEUS MONTEIRO (interpretação textual)
VICTOR GRIZZO (direção de arte)
ANNA TOLEDO (canto)

__________________________________________________

DURAÇÃO: 60 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos
CAPACIDADE: 50 espectadores